Arqueólogos desenterraram os esqueletos de cinco pessoas, sem mãos e pés, numa antiga base militar nazista na Polônia.
Os esqueletos foram descobertos em um centro de comando nazista conhecido como Toca do Lobo, em Gierloz, no nordeste da Polônia, depois que o grupo desenterrou um fragmento de crânio humano durante uma escavação em 24 de fevereiro e alertou as autoridades locais, que decidiram realizar novas escavações.
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Os restos mortais pertenciam a três adultos, um adolescente e um bebê recém-nascido, segundo um comunicado da Fundação Latebra, uma organização histórica com sede na cidade polaca de Gdansk, publicado quinta-feira (25).
Os cinco corpos foram dispostos próximos um do outro, voltados na mesma direção, do lado de fora de uma casa ocupada pelo comandante nazista Hermann Göring, um piloto de caça durante a Primeira Guerra Mundial que se tornou um dos mais poderosos líderes nazistas na Segunda Guerra Mundial e um amigo próximo de Adolf Hitler.
Ao lado deles estavam tábuas queimadas e restos de infraestrutura de esgoto, mas não havia vestígios de roupas, segundo o comunicado.
Adrian Kostrzewa, membro do conselho de administração da fundação, disse à CNN que a equipe inicialmente pensou que estava desenterrando um banheiro antigo quando encontrou canos no subsolo.
No entanto, eles encontraram cinzas e uma chave queimada, antes que ele encontrasse o fragmento do crânio.
“Foi muito surpreendente”, disse ele.
A fundação aguarda os resultados de uma investigação policial sobre os restos mortais e muitas questões permanecem sem resposta.
“Existem muitas teorias (sobre) por que eles não têm mãos e pés”, disse Kostrzewa. “No momento, é muito difícil dizer.”
Um próximo passo importante é descobrir a idade dos restos mortais usando datação por rádio carbono, acrescentou.
Construída deliberadamente a quilômetros da civilização, nas florestas do nordeste da Polônia, a Toca do Lobo era o quartel-general da Frente Oriental de 6,5 quilômetros quadrados dos nazistas.
A base era uma das maiores do tipo na Europa, segundo a fundação.
“A singularidade desta descoberta reside no fato de os corpos terem sido encontrados nas instalações do complexo mais bem guardado do Terceiro Reich”, diz o comunicado.
Hitler passou quase três anos lá no total.
A fortaleza foi palco da Operação Valquíria, uma tentativa de assassinato contra Hitler em julho de 1944, antes de ser destruída em janeiro de 1945 para evitar que caísse nas mãos do avanço do exército soviético, segundo a fundação.
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